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05 Mitos sobre o BIM

Como toda nova tecnologia, o BIM (Building Information Modeling) ainda não é entendido de maneira correta por muitas pessoas, o que facilita surgimento de informações que são tomadas como verdades mas que na realidade não são.

Neste primeiro post do blog Sena Arquitetura vamos passar rapidamente alguns dos mitos que são criados em torno do BIM, para que possam ficar mais estimulados com a tecnologia, e que não se deixem afastar por alguns pressupostos que não são mais adequados.

01. O BIM é um tipo de software

O BIM não é um tipo de software. Ele é uma tecnologia nova que altera processos de concepção e gestão da informação de uma construção ao longo do seu ciclo de vida. A premissa básica do sistema é de que não serão mais utilizados elementos como linhas, arcos e círculos para fazer a representação de seu edifício, ou até elementos em 3 dimensões que façam uma maquete eletrônica.

Através da tecnologia BIM, o edifício é concebido por meio de uma construção virtual, onde os elementos utilizados para projeto são os próprios elementos e objetos da construção. Estes elementos tem informação atribuída dentro deles, o que torna com que um modelo BIM tenha diversos usos.

Para lançar mão de todos estes usos, existem diversos softwares que trabalham com tecnologia BIM. Desde programas para desenvolvimento do projeto como o Revit, que são a base das informações atribuídas ao modelo, até programas para simulação de cronograma, controle de compatibilidade dos elementos e até mesmo visualizadores gratuitos dos modelos BIM.

02: O BIM serve só para fazer desenhos e elementos 3D

Todo projeto em BIM necessariamente será um projeto em 3D, pois todos objetos da construção existem no espaço em 3 dimensões! Os elementos modelados sempre tem referências de altura, então existem no eixo Z, diferente das plantas representadas tradicionalmente em 2D.

Por esse motivo, quando você desenvolve um modelo BIM, suas fachadas e cortes são gerados automaticamente. Como o programa sabe o elemento que está sendo desenhado, qual seu material e dimensões incluindo altura, o corte é simplesmente uma representação do modelo 3D.

Na prática, isto já é uma grande diferença entre modelos 3D que não contém nenhuma informação agregada, que são apenas maquetes eletrônicas. Estes modelos não geram a documentação do projeto (plantas, cortes, etc.), sendo puramente para representação tridimensional. Além disto, modelos BIM podem ser utilizados para extração de quantitativos, orçamentação, planejamento de cronograma, simulações energéticas e de desempenho, dentre outros. Portanto, o uso de um modelo BIM é muito mais amplo e completo do que somente uma visualização em 3D ou renderização.

03: Preciso fazer complemento de desenho 2D quando uso o BIM, não serve para detalhamento

Por todos os componentes BIM serem repletos de parâmetros, eles já podem conter todos os detalhamentos necessários para apresentação em uma planta executiva. A facilidade de geração de cortes, vistas de detalhe, legendas com vistas de componente é muito maior em um modelo BIM do que em um projeto desenvolvido em CAD 2D.

Além disto, a própria forma de projetar construindo virtualmente torna o projeto muito mais consistente. Grande parte dos problemas que seriam detectados somente na obra podem ser identificados ainda na modelagem virtual do edifício dentro do BIM. A facilidade de teste de opções e o entendimento do projeto como um todo também são fatores que fazem com que o projeto em BIM seja mais detalhado e bem resolvido que um projeto em 2D.

Para detalhes específicos de projeto ou elementos que não precisem ser modelados o Revit permite que se desenhem detalhes 2D específicos da vista apresentada, tornando desnecessária qualquer detalhamento adicional em plataforma de desenho puramente 2D, como o Autocad.

04: Os investimentos em software e máquinas inviabilizam sua utilização

Com o aumento do poder computacional de PCs e Notebooks, já não pé mais verdade que se precisa gastar uma fortuna para construir supercomputadores para rodar seu projeto em BIM.

No site da Autodesk onde constam as configurações recomendadas para rodar o Revit podemos verificar que grande parte dos notebooks comercializados atualmente atendem as configurações mínimas ou intermediárias. Apesar de modelos mais complexos como edifícios de diversos pavimentos com instalações hidráulicas e elétricas inseridos demandarem mais do computador, grande parte dos usos e porte de projetos será atendida por estas configurações mínimas e intermediárias.

Em termos de software, já existem diversas opções de programas gratuitos para visualização de modelos, como o Tekla BIM Sight e o Solibri Model Viewer. Grandes softwares pagos estão sendo disponibilizados em versões gratuitas para estudantes, e também adotando a lógica de assinatura, ao invés da compra vitalícia. Isto garante que o programa sempre esteja atualizado, e deixa os valores para compra da licença muito mais baratos que antigamente.

05:A tecnologia ainda vai demorar para pegar

Com surgimento em meados dos anos 2000, a tecnologia já teve uma grande evolução e processo de amadurecimento. Globalmente a adoção de BIM já é uma realidade, e entendida como um processo sem volta. Assim como a mudança do papel e prancheta para ferramentas CAD de desenho através do computador, o BIM também veio para ficar e, mais cedo ou mais tarde irá se tornar o padrão de trabalho para projeto de edifício.

Pesquisas mostram que a evolução da adoção da tecnologia está ocorrendo em velocidades avançadas, e que a maior parte do mercado já implementou ou adota estratégias para implantação da tecnologia em seus processos, desde escritórios de arquitetura e engenharia até construtoras e incorporadoras. Estudo que analisou a implantação de BIM no Brasil em 2015 já identificou que mais da metade das organizações pesquisadas considerava muito importante implantação do BIM para melhoria de desempenho no setor de construção, e que 80% destas organizações l desenvolveram ações de estudo ou adoção do BIM desde 2010.

Diversos órgãos públicos ao redor do mundo estão solicitando que todos novos projetos sejam feitos exclusivamente em tecnologia BIM, sendo inclusive fator de exclusão em licitações públicas, para fornecedores que não trabalham com a tecnologia. Vários países estão desenvolvendo e publicando os Manuais para desenvolvimento e entrega de projetos em BIM, o Brasil tem já as primeiras partes de sua norma BIM publicada.

Portanto, mais do que nunca está no momento de se desenvolver e conhecer a tecnologia, caso ainda não a conheça. A mudança já chegou, e o mercado está se movimentando, quem não acompanhar a atualização irá rapidamente ficar para trás!

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